Se arte é criação, as obras são criaturas, que reparam no visitante.

Podem velar pelo visitante. Ou mirar no visitante.

Distinga as que espiam daquelas que vigiam, ou de outras, que espreitam.

Experimente a estranheza de ser examinado, contemplado, encarado.

Seu comportamento, mesmo sendo discreto, será assistido pela rede.

Não rede de TV, nem rede social, nem ferroviária.

Nem de dormir, de pescar, ou de intrigas.

Mas rede de artérias e de nervos, rede de enxergar.

Seja bem vindo a esta sala de exposição.