O título se refere às origens latinas com “protectio”: cobrir, amparar, abrigar, esconder; apartar, afastar, arredar, livrar. É aquilo que envolve para evitar que quebre, arranhe, suje – invólucro ou embalagem. Mas no contexto da educação infantil, também evoca o dilema entre cercear a liberdade, por um lado, e por outro, negligenciar os cuidados.
Essa exposição ficou em cartaz em outubro e novembro de 2010 na Galeria de Artes SESC Água Verde, em Curitiba.
Nessa série de trabalhos, consolida-se na linha do tempo do artista o tema da Reinterpretação da Memória, que permeou uma parte significativa das produções nos anos posteriores, inclusive nas exposições mais atuais.
A informação visual é gerada pela interferência sobre bulas e fotos antigas com desenhos feitos em fio costurado, recortes de impressos e materiais diversos, veladuras, e eventualmente usando como suporte o náilon de guarda-chuvas danificados.
Os procedimentos de assemblagem, costura e colagem constroem um discurso poético que esconde o significado original e revela outros mundos.
Títulos como “Gradil”, “Negação do Alcance”, ou “Ultraviolência”, conduzem o visitante num caminho possível para a leitura individual de cada trabalho.
Uma seleção dos trabalhos de Proteção foi feita por Rafael Codognoto para a sua reedição na Galeria Boa Vista, em cartaz de 2 de abril a 2 de junho de 2019, desta vez com curadoria do próprio artista.